28.9.06

Eugène Delacroix

Tenho dois, três, quatro amigos: pois bem! Vejo-me obrigado a ser um homem diferente com cada um deles, ou antes, a mostrar, para cada um, a face que ele compreende. É uma das maiores misérias não poder jamais ser conhecido e sentido por inteiro, por um mesmo homem; e quando penso nisso, creio que está aí o soberano ferimento da vida: essa solidão inevitável à qual o coração está condenado.
Trecho do Diário de Delacroix.